Quão fofo é ser psicótico?
Hoje me deparei com um post no Facebook com fotos de crianças fofas vestindo fantasias de personagens clássicos do cinema.
Achei engraçadinho assim como todo mundo que curtiu e compartilhou aquelas fotos. Mas por um momento pensei na amplitude dos personagens que estas crianças vestiam: Coringa, Hannibal, Chucky, Alex deLarge. Psicopatas. Da ficção, claro. Mas ainda sim, psicopatas.
As vezes chega a ser obsessiva a forma como reconhecemos uma obra formidável e expomos esta admiração. Foi pensando nisso que deixei de usar uma camiseta linda que havia comprado do longa Laranja Mecânica. Eu adoro este filme. A atuação, fotografia, abordagem. Mas não acho digno estampar no peito a figura de um estuprador que bebe leite.
Parece desnecessário e até insano pensar tão longe sobre estes temas, né? Mas eu penso demaaaais sobre muita coisa, rs.
Claro que isto é só um dos meus monólogos de chuveiro =). Eu tenho a coerência de reconhecer que a criança não faz ideia do que está representando. Mas a gente faz.
Nem sempre pensamos no impacto do que estamos mostrando. Neste caso estamos envolvendo os pequenos em personagens bárbaros e sanguinários da ficção para entreter gente grande. Para mim, depois desta análise, as imagens fofas passaram a ser um tanto assustadoras.
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